consumo (con-su-mo)
s. m.
Uso que se faz de bens e serviços produzidos. (Se o consumo aumenta em razão da produção, esta é igualmente estimulada pelo consumo.)
Gasto, dispêndio: consumo de energia.
Sociedade de consumo, nome dado algumas vezes às sociedades de países industriais desenvolvidos, nos quais, estando as necessidades elementares asseguradas à maioria da população, os meios de produção e de comercialização são orientados para responder a necessidades multiformes, frequentemente artificiais e supérfluas.
Obrigado Aurélio, agora seguindo, o que te aflige? Poluição, Violência, Pobreza, Fome, Corrupção, Guerra ? Em comum essas pragas hoje tem o mesmo mecanismo de perpetua recriação, chamado CONSUMO.
Alguns ao ler este primeiro trecho, já dirão, la vem um radical, uma resposta automática totalmente desprovida de conhecimento etmologico, de onde se toma conhecimento que radical, é aquele que ataca a raiz do problema, PERFEITO, entretanto na maioria das vezes o termo será dito com um tom pejorativo, na tentativa de desmerecer minhas linhas. Mas continuando o baile, não escrevo sobre a ultima descoberta, na verdade é uma questão bem simples, pra mim ao menos é, não adianta reclamarmos dos políticos, dos bandidos, da natureza humana. Enquanto degenerarmos nossa consciência, e fingirmos não saber do real conflito, não há solução para os problemas da humanidade. Fizeram todo mundo acreditar que não esta em nossas mãos os problemas do mundo, mas que bobagem, se não nas pessoas onde mais estaria? Deus? Ele já deve ta morrendo de vergonha assistindo o papel patético que desempenhamos enquanto seres pensantes, nos olhando aqui, seguindo modelos errados, acreditando no bem estar económico como realização de vida. Na verdade, ao conseguir o melhor dos salários, você só esta validando a pífia sociedade de consumo.
Escrevo em tom de desabafo, pois cansei de ver matérias em veículos de media, retratando a poluição, a degradação dos ecossistemas, e o acumulo de lixo, recheados de propaganda de coisas que você NÃO PRECISA, e sem questionar a origem verdadeira do problema. Quantos de vocês pensam no que plástico que envolve a guloseima comprada? Devia ter uma lei, comprou algum tipo de agua com açúcar (refri) numa garrafa PET, enfie no rabo depois de beber, senão faz o que com aquela desgraça? Cada um tem direito de fazer o que quer com seu próprio corpo, defendo a liberdade plena de uso substancias no SEU PRÓPRIO ORGANISMO, agora compartilhar comigo o teu mau gosto não dá. Exemplo caricato da situação, mas que exprime minha revolta, mas continuando, na sociedade de consumo o ter supera o ser, quem não é porra nenhuma trata de se gabar pelo que tem, e os que não são porra nenhuma e nao tem nada, enxergam um caminho de ter através da violência. Não me ocorre alguém que tenha sido assaltado da seguinte maneira - Me passa seu caratér, sua determinação e tua coragem senão te encho de bala. O que realmente importa, ninguem te toma, e a busca de status através dos bens materiais, apesar do que pregam, nos é enfiada goela abaixo a todo momento.
Talvez você ai leitor seja ignorante,e nao esteja percebendo as evidentes conexões que ligam o consumo a todo mal, o que provavelmente não seja o caso da maioria dos leitores desse texto, ou talvez eu não tenha me feito entender, são poucas linhas, mas como disse uma vez Judith Cortesão, "pra quem sabe, uma palavra basta, pra quem não sabe, palavra alguma é suficiente", o fato é se você leu este texto até aqui e não é um analfabeto funcional, você esta amaldiçoado, ou a degeneração do pensamento, ou a se juntar a nós, e não há outro caminho.
O consumo é a raiz de muitos dos males modernos, inveja (falsidade), ganancia ( corrupção, falta de escrupulos), e o sonho da felicidade através da grana impulsiona uma espiral de desgraça. Quando falo sobre consumo, nao estou querendo aqui sugerir que voltemos a idade da pedra, como já deve estar pensando um apressadinho, mas o que eu quero é sugerir responsabilidade ao investirmos nosso dinheiro, vamos alimentar cadeias do bem, que gerem felicidade, que propiciem boas condições de trabalho, distribuição de renda, com planos concretos de destinação de resíduos se houver, com alta durabilidade, que tragam benefícios a saúde, estimulem o intelecto e que fujam do monopólio de marcas que especulam com nossa ignorância. Os bens tem de ter um valor absoluto, que permita que os envolvidos na produção sejam remunerados de forma digna.
As pessoas ter o direito de consumir, claro, a modernidade traz luxos e confortos quase infinitos, mas por trás de cada bugiganga, traquitama, porcaria, deve vir a reflexão do aquilo representa como um todo, que cadeia alimenta, quanto dura, vai pra onde? Ou não não faça reflexão alguma continue com sua mentalidade cocozóide, mas se reclamar pro meu lado, vai receber no mínimo minha rudeza, e num dia de mau humor (meu) pode ser pior...
Diego Maio
